Cachorro
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A relação de um cachorro com bebês é de arrancar suspiros de qualquer um! Um cão bem educado e que recebe reforço positivo, geralmente cria um vínculo muito forte com sua família humana. Alguns gostam particularmente de crianças e bebês.
Além de fornecer muito carinho, muitos cães podem desenvolver um instinto protetor para com seus companheiros humanos. Isso significa que eles desejam salvaguardar seu bem-estar e acabam por possuir certos tipos de comportamento com seus tutores. Mas afinal de onde vem e como é esse instinto protetor?
A domesticação de cães já dura milênios, porém o animal ainda mantém alguns aspectos de sua natureza selvagem, principalmente os aspectos comportamentais que se relacionam com seus instintos de sobrevivência e mentalidade de matilha. Algumas atitudes instintivas são problemáticas, especialmente as relacionadas à caça, outras podem ser benéficos desde que canalizados de maneira adequada.
Quando um cachorro convive com uma família que possui bebês e crianças, a necessidade de proteção pode surgir no pet. Os perigos dos quais eles sentem necessidade de proteger os bebês podem variar. Alguns podem pensar que qualquer pessoa desconhecida é uma ameaça potencial, outros podem proteger somente de animais. No entanto, isso só acontecerá se o cão tiver permissão para interagir com o bebê e considerá-lo família.
Todos os cães podem demonstrar o instinto protetor com crianças e bebês, mas de fato existem algumas raças que são mais propensas a esse comportamento, como: pastor alemão, rottweiler e doberman. Parte da razão para isso é que esses cães foram criados especificamente para desenvolver a habilidade de guarda.
Embora esses comportamentos possam ser naturais, também precisamos ter cuidado. Todos os cães são indivíduos e a raça desempenha apenas uma parte em seu comportamento e temperamento.
Alguns pesquisadores afirmam que os cães reconhecem os humanos como parte de sua matilha, outros que identificam como parte de seu grupo social. De seus grupos sociais, os cães recebem carinho, alimentação e cuidados. Diante de uma ameaça, o grupo irá se proteger mutuamente, sendo os adultos especialmente protetores dos filhotes.
Como dito anteriormente, algumas raças possuem mais inclinação em proteger que outras. Porém isso não significa que todo cão de uma determinada raça irá se comportar da mesma maneira.
Uma habilidade dos cães é perceber facilmente mudanças hormonais em humanos, isso os torna capazes de perceber o medo e ansiedade em torno dos mais vulneráveis de seu grupo social, como por exemplo os bebês. Quando o cachorro percebe que o bebê depende de seus pais para sobreviver, isso pode desencadear seu instinto de também fornecer proteção.
Outra razão pela qual podemos saber por que os cães protegem os bebês é devido a um aspecto diferente da programação neurológica. Estudos têm mostrado que os seres humanos reagem ao ‘esquema’ de bebês e cachorros. Isso significa que ‘fofura’ parece apelar aos nossos instintos, é um dos motivos para atestar nosso amor por cachorros e gatinhos, apesar de não serem da espécie humana. Naturalmente nos sentimos protetores e afetuosos com eles. Embora seja difícil de determinar, é possível que os cães respondam de forma semelhante aos humanos.
Essa afeição por bebês humanos ocorre porque o cão foi socializado de maneira adequada, caso não tenha sido é possível que desenvolva um comportamento agressivo por disputa de atenção e espaço. Uma vez que os bebês gostam de puxar as coisas, também é possível que um cão mal socializado morda ou tente morder um bebê se considerá-lo ameaçador.
Construir um relacionamento saudável entre um cão e o bebê em casa é crucial para o bem-estar de todos. Para isso é necessário incentivar no cachorro o instinto protetor e utilizar reforços positivos. No entanto, também é possível que um cão se torne superprotetor demais, por isso precisamos estimular esse vínculo de maneira equilibrada.
Parte dessa socialização vai depender das circunstâncias de quando o bebê entra na família. O bebê pode ter chegado primeiro e o cachorro ser apresentado depois, ou então ao contrário. Em ambas as circunstâncias, pode ser difícil, pois os cães são animais de hábitos e rotina. Existe a possibilidade que a chegada de um bebê na família faça com que o cão se sinta ameaçado ou inseguro, principalmente se não receber tanta atenção como antes.
Em qualquer caso, o cão e o bebê deverão ser introduzidos lentamente e com supervisão constante. Sob nenhuma circunstância eles devem ser deixados sozinhos, mesmo que o cachorro seja tranquilo. Você não precisa usar petiscos para reforçar o vínculo, vozes reconfortantes e carinho é suficiente.
Quando o bebê começar a engatinhar ou andar, é provável que ele queira puxar e brincar com o cão. Isso faz parte do comportamento exploratório do bebê, necessário para o desenvolvimento de habilidades motoras e de cognição. No entanto, você tutor deve acompanhar e ficar atento para que não ocorram acidentes, pois o cão pode interpretar mal essas brincadeiras. A maioria dos cães são bastante tolerantes com esse contato dos bebês, porém é melhor errar por excesso de cautela. Depois que a criança crescer é necessário ensiná-la a interagir de maneira adequada.
Também precisamos saber que é vital não repreender o cão na frente do bebê, pois é possível que o cão faça uma associação negativa e tente agredir, prefira retirar o bebê do ambiente e ensine o correto ao animal.
Com o passar dos anos, à medida que o bebê se transforma em criança, ele e o cão podem desenvolver laços mutuamente benéficos. Os cães ajudam as crianças a compreender sobre responsabilidade e o cuidado. Em um nível mais fundamental, o amor e o afeto que as crianças e os cães compartilham podem trazer felicidade e bem-estar para ambos.
Você tem bebês e cachorro em casa? Conta aqui pra gente se essas dicas te ajudaram!
Nosso texto foi escolhido para recomendação na campanha sobre o Dia do Vira-lata da editora educativa Twinkl.
Publicitária, pedagoga, apaixonada pela vida e extremamente curiosa.
Leitora voraz de vários assuntos, vidrada em tecnologia e desbravadora do mundo pet.
Cachorro
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Separo p ler atentamente todas as matérias que são publicadas no site “Tudo de Bicho” por serem esclarecedoras e que jogam luz sobre essa relação homem e seu melhor amigo. Tenho um lhasa apso de nome Milo de 8 anos que é o grande amor da minha vida. Obrigada e 🤗 🤗 a todos
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Desejamos muita saúde e muitos dias felizes para o Milo!