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Cãezinhos filhotes amam morder, principalmente mãos e pés dos tutores. Isso não está associado a um comportamento violento, mas sim a um hábito comum dessa fase da vida dos cachorros. No entanto, como fazer o filhote parar de morder?
Embora seja um comportamento habitual, é importante não naturalizar as mordidinhas que esses pequenos dão em mãos, pés e outras partes do corpo. Além de causar dor, essa atitude pode ser ruim para a socialização futura do pet, além de limitar a diversão entre tutores e peludos.
Para saber o que fazer para os filhotinhos pararem de morder, é importante entender os motivos que levam a esse comportamento. No texto, explicaremos tudinho. Confira! 🐶
É fato que o ato de morder é inerente aos cães, ou seja, eles já nascem sabendo fazer. Pela mordida, os cachorros conhecem o mundo e entendem o que devem ou não colocar na boca.
Da mesma forma, também conhecem gostos e texturas diferentes e, ao longo do tempo, vão aprendendo a modular a força que devem exercer na mandíbula.
O problema está quando a mordida passa de um hábito natural para um comportamento prejudicial aos tutores e outros animais no ambiente. Nesse momento, é fundamental educar o pet para conter esses impulsos.
É provável que o peludinho olhe para as suas mãos ou pés e os veja como um brinquedo. O movimento desses membros atrai a atenção do pet, que pode acabar entendendo esse hábito como uma diversão.
Na natureza, cachorros precisam usar a mordida para capturar animais em movimento, então, a mão pode se assemelhar a um ser vivo, chamando a atenção do cãozinho de maneira instintiva.
O cheiro, a textura e o gosto dessas partes do corpo também despertam a curiosidade dele.
Entre o quarto e sexto mês de vida dos cachorros, acontece a primeira troca de dentição desses peludos. É um processo que ocasiona muita dor e coceira na gengiva e costuma incomodar bastante.
Esse processo incentiva o pet a tentar neutralizar a sensação de desconforto, tentando morder tudo e todos para aliviar a forte coceira ou dor que está sentindo na região.
Nesse ciclo de troca de dentição, os dentinhos ainda estão bem pequenos e afiados, gerando dor a cada mordidinha do pet.
A mordida pode indicar que o pet está desconfortável e resultar em alguns comportamentos.
O estresse e a ansiedade, por exemplo, são sentimentos que surgem quando o cão se sente sozinho, entediado, triste, sedentário, com raiva ou, até mesmo, com ciúmes de outros animais do espaço.
Geralmente, isso acontece quando há negligência dos tutores no trato e cuidado com o cão. Abrir mão de exercícios físicos regulares com o pet, não brincar junto dele, não cuidar da sua dieta e não enriquecer o ambiente com brinquedos são fatores que podem gerar comportamentos ansiosos e estressantes no peludinho.
A mordida, portanto, surge como um mecanismo para aliviar essas sensações e, também, mostrar aos tutores que eles precisam de mais atenção.
Independentemente da raça, modificar um hábito natural e instintivo de um cãozinho tem lá seus desafios. Entenda que reprogramar a maneira como eles vão usar seus sentidos pode ser custoso e demorar bastante.
Entretanto, com paciência, esforço e muito amor, é possível reeducar comportamentos violentos ou nocivos, assim como as mordidinhas.
No mundo animal, quando filhotes fazem algo doloroso aos irmãos ou à mãe, é comum que eles emitam um som bem forte e agudo, demonstrando que não gostaram daquele comportamento.
Dessa forma, é preciso evidenciar ao pet que aquele ato doeu e você não gostou. Você pode verbalizar um “Ai!” ou qualquer outra palavra que represente dor. É preciso que essa sinalização seja firme, alta e olhando nos olhos do filhote.
Com o tempo, a tendência é que ele perceba que esse comportamento está machucando quem ele não gostaria e, naturalmente, module a força da mordida.
É um reflexo natural do corpo humano tirar a mão rapidamente quando algo está doendo. Nesse caso, o ideal é não tirá-la da mordida. O motivo é simples: seu cãozinho pode acabar entendendo como uma brincadeira de “pegar a mão”.
Sendo assim, quando o peludinho morder, mantenha a mão imóvel e reprima com um “Não!” em alto e bom som. Pode ser que, nas primeiras vezes, ele não entenda exatamente o recado, por isso é importante ser firme e não desistir.
Cãezinhos são inteligentes e entendem os sinais que os tutores dão. Uma dica valiosa sobre como ensinar o filhote a não morder é parar a brincadeira quando isso acontecer.
Primeiro, reprima com um “Não!”, pare a brincadeira e evite o contato visual com ele, demonstrando sua insatisfação. Logo menos, o pet entenderá que, se morder muito forte, a diversão terminará.
Cachorros estão em busca incessante por comportamentos positivos e negativos. Isso significa que eles desejam entender o que agrada os tutores, a fim de serem recompensados por isso.
Uma ótima tática para um filhote agitado e mordendo é premiá-lo quando não estiver fazendo isso. Aproveite os momentos que ele está calmo, brincando de maneira tranquila e sem mordidas, e dê algum petisco.
Se ele mordeu forte, você o reprimiu e ele entendeu, também faça algum reforço positivo, evidenciando qual é o comportamento desejado.
Se você deseja fazer o filhote parar de morder, algumas coisas precisam ser inegociáveis, tal qual a sua insatisfação com esse comportamento. O cão precisa entender que você está bravo e chateado para evitar a conduta.
Sair do ambiente e deixar o pet sozinho pode ser doloroso, mas trata-se de uma excelente oportunidade para demonstrar sua infelicidade com aquela situação.
É importante fazer isso no momento da mordida e não demorar muito, já que ele pode ficar confuso sobre qual conduta você está reprimindo.
Deixar o pet cansado e entretido estimula suas habilidades físicas e mentais e diminui as chances de estresse, ansiedade e desmotivação do filhote, fatores que contribuem para as mordidas.
A escolha da ração ideal também influencia no humor e nos níveis de felicidade do peludinho ao longo do dia.
Ter outros cachorros próximos ao pet pode ajudar na socialização e, consequentemente, na diminuição das mordidas. O convívio com outros seres iguais a ele ajuda a criar limites nas brincadeiras.
Para que isso aconteça, é importante que ele já esteja com a carteira de vacinação completa, assim como os outros cachorros. Isso evita doenças e contaminações.
Não se sabe ao certo com qual idade o filhote para de morder, pois isso depende do desenvolvimento físico de cada pet. Por essa razão, é necessário insistir no adestramento do cão pelo menos até os dois anos de idade.
Investir em brinquedos para o cachorro morder pode ser uma ótima ideia, principalmente em mordedores, bolinhas, frisbees e pelúcias, itens que vão ser úteis para conter as mordidinhas, gastar a energia e entreter o doguinho.
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Jornalista, escritor, viajante e curioso por — e pela — natureza. Escreve para a Tudo de Bicho desde 2023.
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