Cachorro
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Não importa raça, idade ou sexo: o tumor em cachorro pode acometer qualquer cãozinho. A doença, proveniente de inúmeras causas, pode ter cura ou tratamento, dependendo do estágio que o animal se encontra.
À primeira vista, é comum que a doença assuste e cause desespero nos tutores, afinal, o tumor é associado ao câncer, enfermidade que traz diversas complicações para humanos e animais.
Entretanto, é importante dizer que um tumor não necessariamente está associado ao câncer, embora este seja um dos principais sintomas da doença.
Entender um pouco mais sobre o tumor em cães é importante para minimizar o medo da doença e, principalmente, saber como oferecer os melhores cuidados ao animal de estimação.
Neste conteúdo, vamos falar um pouco sobre o tumor na vida dos cachorros, assim como os principais sintomas, tratamentos e maneiras de prevenir. Boa leitura!
Você passou a mão pelo corpo do pet e notou um leve nivelamento. Antes que o desespero tome conta, é preciso entender o que significa essa “bolota” e quais as melhores maneiras de resolver a situação.
A princípio, é importante saber que o tumor, também chamado de neoplasma canino, é causado pela multiplicação acelerada e desordenada das células, o que gera uma massa excessiva de um tecido.
Um tumor pode ser benigno (quando há cura) ou maligno (que não há cura) e pode surgir tanto sobre a pele — sendo possível tocá-lo —, na parte interior do tecido ou, até mesmo, dentro dos órgãos.
Embora possa acontecer com qualquer cachorro, cães idosos estão mais vulneráveis à doença, assim como algumas raças com predisposição genética ao tumor (veremos mais à frente quais são elas).
O primeiro passo para saber se o tumor é benigno ou maligno, assim como a gravidade da doença, é fazer uma consulta junto ao médico-veterinário. É somente por meio desse profissional que se tem o diagnóstico preciso e o tratamento mais indicado.
No centro veterinário, é comum que se comece com a anamnese e o exame físico. Depois, são realizados exames mais profundos, como:
A partir do momento em que o tumor for identificado, é possível que uma biópsia seja pedida pelo profissional veterinário, a fim de entender a gravidade da situação e se o nódulo é benigno ou não.
Importante: jamais faça o diagnóstico da doença ou medique o animal sem o respaldo de um profissional. Isso pode piorar o quadro da enfermidade e gerar infecções, inflamações e alergias ao pet.
Os tumores podem surgir em qualquer parte do corpo, sendo de extrema importância sempre apalpar o cachorro, pois muitos nódulos aparecem em locais difíceis de serem enxergados.
Em fêmeas não castradas, é comum que apareçam tumores nas mamas, nos ovários e no útero. Nos machos, testículos, pele, fígado e baço são os locais mais vulneráveis e propícios para o aparecimento de nódulos.
De forma geral, estes são os tipos de tumores benignos e malignos mais comuns em cachorros:
Melanomas | Tumor maligno em cachorro que surge em nódulos escuros geralmente na boca ou pálpebras do animal. |
Papiloma | Causado pelo vírus papiloma canino, aparece como uma verruga um pouco maior que o normal e é considerado benigno. |
Lipoma | Ocasionado pelo acúmulo de células de gordura, é um tipo de tumor benigno. |
Osteosarcoma | Comum em animais idosos, trata-se de um tumor ósseo maligno. |
Mastocitoma | Surgem em grandes quantidades e em aspecto avermelhado. É considerado maligno |
Infelizmente, cachorros que já passaram dos sete anos de idade têm um risco maior ao surgimento de tumores. Isso acontece pois, na fase idosa, os órgãos não funcionam tão bem quanto antes, e o organismo do pet é mais vulnerável a adoecimentos, inflamações e infecções.
Além do fator idade, existem outras causas para o tumor em cachorro. Conheça os principais:
Tudo o que o cachorro come tem um impacto na sua saúde, seja ele positivo ou negativo. Quando o cão é alimentado com rações de baixa qualidade ao longo da vida, é comum que, uma hora ou outra, seu organismo tenha problemas.
Rações com corantes, conservantes e transgênicos são como uma bomba-relógio para a saúde dos animais de estimação. O mesmo vale para cachorros que são alimentados à base de comida de humanos ou petiscos muito condimentados.
O resultado disso pode ser o tumor, que se aproveita da vulnerabilidade do organismo e da baixa carga nutricional para surgir.
No entanto, não é só a qualidade que influencia nos problemas de saúde do cão, mas a quantidade. Encher o pote do animal toda vez que notá-lo vazio pode gerar obesidade, uma doença conhecida por ser a porta de entrada para várias outras enfermidades.
Quanto mais expostos ao sol em horários de pico, entre 10h e 17h, maiores são as chances dos pets desenvolverem tumores. A desidratação e o impacto nos tecidos da pele através dos raios solares podem ocasionar o problema.
Sendo assim, o ideal é expor o cachorro ao sol somente em períodos em que ele não está tão forte. De preferência, em locais com sombra e em dias mais amenos.
A castração, além dos inúmeros benefícios para cachorros e tutores, pode prevenir os tumores nos animais. Em cadelas, o procedimento consiste na retirada do útero e ovários, eliminando as chances da doença surgir nessas regiões.
Outras causas comuns para os tumores nos pets são a alergia a alguns alimentos, doenças virais e até mesmo o crescimento de hormônios no organismo dos cães.
O primeiro indício de que o seu pet tem um tumor é sentir uma massa durinha na pele ou abaixo dela. Geralmente, o cachorro já está incomodado com essa região, coçando ou mordendo compulsivamente.
Note que a pelagem começa a ficar estranha, com falhas muito evidentes próximas à região. Os pelos ficam ressecados e começam a cair bastante, evidenciando que há algum problema.
Os sintomas do tumor envolvem também a falta ou grande diminuição do apetite. Muitos tutores relatam que nem mesmo o prato preferido os animais estão dispostos a comer.
Vômitos e diarreias também fazem parte dos sintomas do tumor em cachorros. Nesse caso, a consistência das fezes é mole e, em alguns casos, é possível notar a presença de sangue.
É notável que o cachorro está mais “pra baixo” e com pouca energia para fazer as atividades do dia, até mesmo as que ela gosta. Olhares atentos podem identificar facilmente essa fraqueza e indisposição para o dia.
Outros sintomas comuns para saber como identificar o tumor em cachorro incluem:
Como as manifestações da doença são muito parecidas com inúmeras outras enfermidades, a consulta ao médico-veterinário é fundamental para o diagnóstico preciso e precoce. Lembre-se: quanto mais cedo o tumor for identificado, mais chances de cura o pet terá.
Afinal, o tumor em cachorro dói? Tudo vai depender do tipo de tumor e do local onde ele está alojado. Dessa forma, é possível que o cão sinta muita dor, chorando, coçando e mostrando muito incômodo, ou não sinta nada a não ser o incômodo.
Certos tipos de tumores são silenciosos, como o linfoma, por exemplo. Sendo assim, a manifestação de dor só acontece quando o quadro da doença já está em grau avançado.
No entanto, não se baseie pela dor para agir. Muitos cães escondem isso de seus tutores instintivamente, até mesmo como forma de sobrevivência, o que pode ser um risco caso o tumor seja maligno e esteja em grau avançado.
Conforme já comentamos, existem raças caninas mais propensas ao surgimento de tumor benignos ou malignos. Essa predisposição está ligada mais aos cães de porte médio e grande, embora raças menores também tenham um risco maior à doença.
As raças com predisposição a tumores em cachorro mais comuns são:
O tratamento para a doença vai depender se o tumor é benigno ou não. Caso seja, um acompanhamento constante e o uso de medicamentos e suplementos pontuais são suficientes para resolver o problema.
Em casos de tumores malignos, não há cura, logo, existem alguns tipos de intervenção para o tratamento, de acordo com a gravidade da doença.
A intervenção cirúrgica acontece para remover a área afetada e impedir o desenvolvimento do nódulo pelo corpo do cachorro. No caso de cães muito idosos ou debilitados, essa possibilidade é descartada, pois o risco de complicações maiores é grande.
Trata-se de um método novo que consiste em potencializar o sistema imunológico de modo que ele tenha forças para combater o tumor. É mais indicado para casos reversíveis.
Para casos muito graves, é recomendada a quimioterapia, um tipo de tratamento forte e invasivo que visa diminuir os efeitos nocivos dos tumores. Embora o cão fique muito debilitado, é o método mais efetivo.
É parecido com a quimioterapia, mas de maneira menos agressiva. O remédio é aplicado somente na região, e o cão costuma se recuperar mais rápido das sessões.
Ainda que existam fatores hereditários e de raças predispostas, é possível evitar ou diminuir as chances do surgimento de tumores nos pets. Os métodos envolvem, basicamente, um estilo de vida saudável.
Isso envolve oferecer uma alimentação de qualidade, cuidar da higiene, criar uma rotina de passeios e brincadeiras e proporcionar um ambiente rico e interativo, além de dar muito carinho e afeto ao animalzinho.
Outros fatores preventivos são:
Sabemos o quanto pode ser triste receber um diagnóstico de tumor no seu amigo de quatro patas. Entretanto, a maioria dos casos da doença é tratável, e o cão pode levar uma vida feliz mesmo com a presença de nódulos.
Mais uma vez, reforçamos a importância da frequência de consultas ao médico-veterinário, que poderá diagnosticar precocemente a doença e evitar que ela progrida.
Aproveite para conhecer um pouco mais sobre outra doença que merece a atenção dos tutores caninos: o câncer de mama em pets. Confira o conteúdo para saber as causas e formas de tratamento da enfermidade!
Jornalista, escritor, viajante e curioso por — e pela — natureza. Escreve para a Tudo de Bicho desde 2023.
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