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A castração é um procedimento que busca dar mais qualidade de vida aos pets, evitar a superpopulação de animais abandonados e diminuir consideravelmente o risco de doenças graves nos peludos. Se você deseja entender melhor como será a vida de um gato castrado, veio ao lugar certo!
É comum que tutores fiquem inseguros quanto a realizar ou não a castração, afinal é uma intervenção cirúrgica. No entanto, os riscos desse procedimento são muito baixos, e os gatinhos geralmente têm uma recuperação rápida.
Castrar um gato é proporcionar a ele mais saúde e longevidade. Para entender melhor a importância da castração, vamos falar sobre o comportamento do gatinho depois de operado e cuidados que você deve manter ao longo da vida dele. Ao final, vamos responder algumas perguntas frequentes sobre o tema.
Boa leitura! 😸
A castração traz mais qualidade de vida para os felinos. Aos tutores, a principal vantagem é ter o peludinho mais saudável, longe de perigos e com um comportamento mais tranquilo.
No procedimento de castração dos machos, são retirados os testículos do animal. Nas fêmeas, o útero e os ovários. Isso impossibilita que os gatinhos consigam procriar, diminui seus índices hormonais e o principal: reduz drasticamente a chance dos bichanos terem uma doença grave, como risco de câncer no ovário, de mama ou cervical.
Isso não quer dizer que o animal estará totalmente livre dessas doenças. Embora as chances sejam mínimas, é fundamental continuar observando a saúde do peludo e levá-lo ao veterinário sempre que possível.
Com a retirada do ovário e do útero, é natural que os índices hormonais caiam. Nas fêmeas, isso significa que o cio — período em que se sentem mais carentes e com vontade de fugir — não acontece mais. Em gatos machos, a energia diminui, o forte cheiro da urina desaparece e ele se sente menos disposto a buscar uma parceira para copular.
Esses comportamentos reduzem as chances dos gatinhos escaparem para rua, evitando brigas com outros felinos, atropelamentos, envenenamentos e infecções graves, como AIDS ou leucemia felina (FeLV).
A superpopulação de pets é um problema grave: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem cerca de 30 milhões de animais abandonados no Brasil. Desse número, 10 milhões são gatos.
Gatos castrados não conseguem reproduzir, colaborando para que menos animais sejam abandonados e fiquem vulneráveis aos perigos da rua.
É notável a diferença do gato castrado antes e depois do procedimento. A mudança mais nítida é o nível de disposição. Isso quer dizer que o seu bichano tende a ficar mais quieto e preguiçoso.
Com os níveis hormonais baixos, ele apresenta um comportamento bem menos arteiro. Isso não significa que eles estão infelizes: saiba que eles ainda vão continuar brincando, pedindo cafuné e explorando os ambientes da casa.
A vida com um gato castrado pode ser mais proveitosa e satisfatória, mas isso implica em uma série de cuidados com o bichano, principalmente no pós-operatório.
Gatos castrados necessitam de uma alimentação muito mais nutritiva e regrada. Com a retirada dos órgãos e a baixa hormonal, é comum que o metabolismo mude bastante, o que vai exigir uma dieta com muito mais proteínas e minerais no cardápio.
Hoje em dia, é possível encontrar rações específicas para felinos que passaram pelo procedimento de castração. Esses produtos já contam com os nutrientes necessários para uma dieta completa do seu peludinho.
A queda na energia e disposição é um comportamento comum em gatinhos castrados. A tendência, portanto, é que o animal se movimente menos e prefira o repouso. Isso não está associado à tristeza, mas aos efeitos naturais da cirurgia.
Essa inatividade pode ser perigosa e causar problemas de saúde graves ao bichano, como a obesidade. Cabe ao tutor, portanto, criar uma rotina de exercícios e brincadeiras com o animal, forçando o pet a gastar energia.
Brincar com laser e de esconde-esconde e jogar a bolinha para ele buscar são boas ideias para se divertir com o peludo.
Além das brincadeiras, que são superimportantes para a felicidade do bichano, oferecer um ambiente repleto de estímulos vai fazê-lo se sentir mais feliz e menos entediado. É uma forma de incentivar o pet a novas experiências de aprendizagem, melhorando seu bem-estar físico e mental.
Depois de castrado, o bichano vai se movimentar menos e permanecer por mais tempo no seu cantinho. Quando há um ambiente rico de opções para sua distração e divertimento, o gato pode desenvolver melhor suas habilidades e inteligência.
Algumas ideias para enriquecer o ambiente do seu peludo podem ser:
Se o animal acabou de passar pela cirurgia, verifique se o cantinho dele está bem equipado com uma boa caminha, água, comida e caixa de areia.
É comum que nos primeiros dias ele fique mais quieto e abatido, logo a presença do tutor é fundamental para transmitir calma, cuidado e proteção, principalmente na troca dos curativos e no momento de dar os medicamentos.
Para evitar que o seu bichano fique lambendo ou cutucando as feridinhas do pós-operatório, investir em um colar de recuperação (também conhecido como colar elizabetano) pode ser uma boa saída para evitar problemas com bactérias e infecções.
Para as fêmeas, o ideal é a famosa roupa cirúrgica. Como o procedimento no caso delas é mais invasivo, a roupa proporciona uma proteção maior.
Lembre-se que a utilização do colar é só para os primeiros dias, enquanto os pontos ainda não estão cicatrizados. Evite manter o colar por muito tempo, pois pode causar ainda mais estresse no gato.
A palavra-chave para lidar com um gato que acabou de ser castrado é paciência. Muitos tutores acabam se desesperando com a mudança drástica de comportamento do pet, que antes era ativo e bagunceiro e agora está mais quieto e sem energia.
Entender que a vida dele dali em diante será diferente, com novos hábitos, prioridades e atitudes, permite que você saiba o que oferecer para o bem-estar do seu peludinho.
A castração de gatos é, realmente, um assunto que gera muitas polêmicas e está cercado de mitos. Separamos as dúvidas mais frequentes de tutores que desejam castrar seus bichanos. Dá só uma olhada:
Não há um consenso sobre qual o período ideal para a castração, mas recomenda-se que ela seja feita entre quatro e seis meses de idade do felino, logo após o primeiro cio. A cirurgia não é indicada para gatos de idade avançada. Se esse for o seu caso, consulte o médico veterinário.
Toda intervenção cirúrgica apresenta riscos, mas a castração é considerada um procedimento simples e seguro para médicos veterinários. Para evitar qualquer risco, é fundamental que o gato faça exames prévios e passe por um acompanhamento profissional.
Sim, é necessário completar todo o ciclo vacinal. No entanto, é preciso que a última vacina tenha sido no máximo 15 dias antes da castração, para que o efeito não seja anulado com a cirurgia.
É natural que o gato sinta dor durante as primeiras 48 horas, por conta da incisão, do estresse e de toda a intervenção cirúrgica. Vômito, sonolência e falta de apetite são os sintomas mais comuns.
Depende. É comum que a maioria fique mais quieta nos dois primeiros dias após a castração, mas cada animal vai reagir de uma forma. Após o quarto ou quinto dia, já é possível notar uma melhora no ânimo e energia do bichano.
Mito. Não é verdade que o gato precise cruzar pelo menos uma vez para passar pelo processo de castração. O ideal é que o procedimento seja feito após o primeiro cio do pet.
Com a castração, os gatos se livram do risco de diversas doenças e hábitos perigosos, além de manter uma vida mais calma e tranquila. A expectativa de vida em animais castrados, portanto, tende a ser maior.
Cuidar de um gato castrado pode ser trabalhoso, mas é um ato de amor capaz de aproximar tutores e felinos, estreitando ainda mais essa relação. Lembre-se que a castração traz benefícios não só para o pet, mas para toda a comunidade, evitando a superpopulação de gatinhos abandonados.
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Jornalista, escritor, viajante e curioso por — e pela — natureza. Escreve para a Tudo de Bicho desde 2023.
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