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Redação TdB
22 de março de 2024Popularmente conhecido como ferret, o Mustela putorius furo vem conquistando cada vez mais espaço como bichinho de estimação, principalmente por tutores que apreciam animais exóticos.
Em terras brasileiras, sua presença nas casas é bem menor quando comparado aos cães e gatos. Mas, em outros países, como os Estados Unidos, sua domesticação como pet vem de longa data.
Tem curiosidade para saber quais são as suas principais características? Ou quais são as regras para tê-lo em nosso país? Continue a leitura e saiba mais!
→ Ao longo do texto, vamos usar furão e ferret como sinônimos porque, geralmente, eles são mais conhecidos pelo primeiro termo. No entanto, em termos biológicos, ferret refere-se ao animal de estimação e o furão é o nome popular do Galictis vittata, presente na fauna da América do Sul e Central.
O furão pertence a uma família de mamíferos chamada Mustelídeos (Mustelidae), que abriga animais que têm como característica serem de pequeno ou médio porte, terem patas curtas e o corpo alongado.
Há vários tipos de furões, mas o furão doméstico, que atende pelo nome científico de Mustela putorius furo, é o mais conhecido. O motivo é a sua popularidade como animalzinho de estimação.
E, apesar da confusão frequente pelas semelhanças físicas, eles não são animais roedores. Eles têm hábitos comportamentais diferentes e, inclusive, são predadores dessa espécie.
A domesticação dos furões é historicamente vinculada aos países europeus e estima-se que a origem dessa prática foi a necessidade de proteger as plantações de alimentos contra roedores.
Posteriormente, eles também foram utilizados para caça, principalmente porque têm a habilidade nata de entrar em buracos, túneis e espaços de difícil acesso. Um dos objetivos era que, a partir desse movimento, os roedores, coelhos e outros animais que estavam escondidos saíssem do local para serem abatidos.
Anos depois, o uso para defender as plantações também foi aplicado nos Estados Unidos. E foi nesse país que, por volta de 1975, se tornaram muito populares como animais de estimação.
De médio porte, o furão tem um corpo alongado, que varia de 45 a 60 centímetros de comprimento, e pesa de 2 a 3 kg. Esses números podem variar de acordo com a espécie e com os hábitos alimentares do bichinho.
As patas, a cauda e as orelhas são consideradas pequenas. A pelagem é curta e pode ser de uma única cor, como branco, marrom ou cinza, ou como uma mescla de tonalidades, principalmente na região da cabeça. A cor dos subpelos e do focinho também varia de acordo com a espécie.
A cor da pelagem principal e dos subpelos dos furões é uma das formas de diferenciá-los quanto ao seu tipo. Além disso, há outros atributos físicos que são utilizados para sua classificação, como a cor do focinho e dos olhos.
Confira, abaixo, as principais características de 5 espécies:
O primeiro passo para adotar um furão é encontrar um fornecedor de confiança e que respeite toda a legislação vigente para venda desse bichinho.
Se a aquisição for feita no Brasil, é fundamental saber se a loja tem número de registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e se segue as regras vigentes em território nacional para comercialização de animais desse tipo.
A entrada de furões de países estrangeiros no Brasil só pode acontecer se esses pets estiverem castrados e com um microchip implantado em seu corpo para facilitar sua identificação. Além disso, toda a documentação para sua tutela deve estar em dia.
Esses bichinhos amam brincadeiras e companhia, por isso, precisam de tutores que tenham disponibilidade de tempo para estarem presentes, além da dedicação com cuidados básicos como higiene e alimentação.
Outro ponto importante é saber se na sua cidade ou região há um médico-veterinário especializado em animais exóticos, seja para as consultas de rotina, reforço das vacinas ou para casos de emergência.
No Brasil, o custo de um furão varia de 5 a 10 mil reais. A aquisição deve ser feita em lojas certificadas pelo IBAMA que, na maioria das vezes, comercializam esses animais castrados e vacinados.
Os furões e/ou ferrets são animais carnívoros, e a ração escolhida deve ter uma boa quantidade de proteínas. Geralmente, elas já vêm balanceadas com outros componentes necessários para seu bem-estar, como as gorduras.
Alimentos novos podem ser apresentados sempre que o veterinário indicar ou autorizar, mas a adaptação deve ser gradual. Uma boa forma de começar é misturando a novidade junto à dieta habitual e observar o comportamento do pet.
Curiosos, sociáveis e enérgicos! Essa é uma boa forma resumir o comportamento de um furão doméstico.
Inteligentes e ágeis, eles gostam da companhia de outros furões e dos tutores, por isso, estão sempre disponíveis para uma boa brincadeira e atentos a tudo que está acontecendo ao redor.
Como são muito ativos e animados, os brinquedos são itens fundamentais para seu bem-estar e devem estar disponíveis em locais onde o bichinho tenha fácil acesso.
O furão é um animal que gosta de se esconder e explorar o ambiente, e, de modo geral, não é um pet que faz muito barulho. Sendo assim, possíveis sumiços dentro de casa precisam de atenção para evitar acidentes.
Apesar do apreço pelo movimento, também se parecem um pouco com os gatos, pois passam muitas horas dormindo.
O tempo de vida de um furão vai de, aproximadamente, 8 a 10 anos. Essa média é influenciada por hábitos saudáveis e/ou contato com doenças, portanto, pode ser maior ou menor que o estimado.
A expectativa de vida varia de acordo com a qualidade da alimentação, com os cuidados com a higiene e nível de segurança do ambiente. As vacinas contra raiva e cinomose também devem ser aplicadas para protegê-los e prolongar sua longevidade.
Gostou de conhecer as características do furão? Confira as dicas abaixo e prepare-se para uma adoção responsável e segura!
As gaiolas ou viveiros com espaço adequado e comedouros são importantes para mantê-los seguros e confortáveis, principalmente quando estiverem sozinhos em casa.
Esses habitats podem ter, em sua própria estrutura, algum item interativo, como andares, plataformas ou rodinhas, para ajudar a entretê-los enquanto não podem circular livremente por um ambiente maior.
De modo geral, devido a suas características comportamentais, o furão não é um pet muito recomendado para o convívio com crianças, principalmente as que estão nos anos iniciais. Esses bichinhos não se sentem bem quando são segurados à força e podem morder.
A interação com outros furões é bastante indicada para fins de socialização. Mas, com outros tipos de pets, demandam cuidados: os coelhos, por exemplo, são animais que furões tendem a caçar.
A convivência com gatos e cachorros até pode ser amigável, mas depende de uma boa adaptação. Atenção: algumas raças de cães têm por hábito caçar animais como furões, por isso, não podem ocupar o mesmo espaço.
Os furões ou ferrets se deslocam com muita rapidez pelos ambientes, por isso, podem acabar se escondendo atrás da mobília ou entrar em locais de difícil acesso para os tutores.
Fios expostos e objetos pequenos espalhados pelo chão podem representar um grande perigo, porque eles são muito curiosos. Um outro cuidado importante é em relação a movimentar ou arrastar móveis, já que podem estar escondidos atrás, embaixo ou até mesmo dentro desses itens.
As saídas para ambientes externos, como nos passeios ao ar livre, devem ser monitoradas com extrema atenção. O furão não tem um senso de direção tão apurado e, caso se perca, pode ter dificuldade de voltar para casa.
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